30 abril 2011

8ª Sinfonia de Anton Bruckner - Mais inspiração

Desculpe por postar um outro vídeo desta sinfonia. Mas este é bem diferente. É apenas alguns trechos, e destacando em especial a comoção do regente.

18 abril 2011

8ª Sinfonia de Anton Bruckner - IMPLACÁVEL

Nesta longa jornada por uma busca cada vez mais extraordinária dos intérpretes da 8ª de Bruckner, talvez a mais extraordinária sinfonia e obra de todos os tempos. Já passei por muitas versões, algumas como a de Karajan e Haitink citadas aqui. Para a minha surpresa, me deparei uma no blog PQPBach. O cara falou tão bem sobre tal, que eu desconfiei. Alias, fiquei pensando ainda: "Que qualidade sonora pode ter uma gravação de 1963?" Baixei com grande receio. Aí, já era tarde, e ouvi só o 4º movimento para ver se era realmente bom... pois normalmente, é fácil ver interpretações horríveis do 4º; como uma da renomeada Orquestra de Chicago que odiei, que usam um som jazziaco na sessão dos metais. Bem, e para a minha surpresa, foi uma experiência totalmente nova, surreal! A qualidade do som está incrivelmente boa. E a interpretação de Knappertbusch com a Orquestra de Munique, simplesmente praticamente criou uma nova sinfonia. É praticamente outra música. Nem consigo ousar a comparar com as outras interpretações tão boas. Está é simplesmente única. Tão única que se tornou uma nova música ao meu ver. E diferente de Carlos Moreno com a OSSA, que mês passado os vi ao vivo tocar, que fez uma interpretação bélica e campanal do 4º; este é uma busca tremendamente profunda, profunda e mais profunda, alargando o movimento para explorar ainda mais, de modo que a música talha ainda mais as profundezas do nosso coração; e de modo que urge um grande e poderoso drama; e algumas coisas brutalmente romanticas, em pausas e explosões que nem mesmo Karajan produziu.

Porém, após ouvir inteira, e com mais atenção. Sinceramente, acho que vale a pena apenas por causa do 4º movimento. O 1º e 2º ficaram muito ruins ao meu ver, nem deu para entender os temas. O 3º movimento é belo por si, mas não ficou muito espirituoso. Deixa muito a desejar, os temas novamente ficaram opacos, mas as trompas foram incriveis; porem ficou uma narrativa um pouco enfadonho, não se desenvolve muito bem. Mas o 4º movimento, realmente, vale a pena, neste capricharam!

Separei o ultimo trecho, o final do movimento aqui. E ainda me pergunto? Como os trompetes conseguiram fazer aquela explosão atomica, tão abruta e poderosa que parecia rachar o ar, o espaço, o tempo... um verdadeiro turbilhão!!! Haja técnica, embocadura.



Por fim, coloco o comentário do Blog PQPBach, como minhas palavras para não prolongar esse discurso:

"Este é um CD implacável. Sério. Estou ouvindo a sua música atordoante desde às 8 e meia da manhã. Em meio ao pandemônio da preparação de provas, planejamento semanal, correção de exercícios. Desde o dia de ontem, encontro-me nesse torvelinho. Meu final de semana está sendo terrível. Segunda recomeçará a roda-viva. O que me consola é a música poderosa de Bruckner. Entre as sinfonias do compositor, a sua número 8 me bota um sorriso bobo de espanto e contemplação. Como alguém como Bruckner conseguiu fazer algo assim? Mas, com certeza, tal aspecto apenas engrandece a fineza e a sensibilidade que lhe habitava o interior. A peça é uma viagem filósofica e religiosa. Um evento cartático, com transfiguração e redenção. As sinfonias de Bruckner, a partir da Terceira, constituem eventos notáveis, de perfeição exagerada, beirando o impossível. Esta versão com Hans Knappertbusch, gravada em 1963, é algo que impressiona e se estabelece como uma das melhores versões que já ouvi. Aparece ainda no post, Richard Wagner. Sei. É um post que causa uma impressão fundante. Saiam da frente que a música é grande, enorme, capaz de silenciar os homens e embalar o universo. Um bom deleite!" - Carlinus



Münchner Philharmoniker
Hans Knappertbusch, regente

10 abril 2011

8ª Sinfonia de Anton Bruckner - Haitink

Acabei de ter um domingo MUITO musical. A fanfarra de manhã, ouvindo e preparando umas musicas a tarde enquanto fazia uns estudos e analises. Depois ensaio de um musical na igreja, entre outros. E cheguei em casa, e sem querer me deparo com um link de algo que eu estava procurando há um tempinho já: a 8ª de Bruckner com Haitink e a Royal Concertgebouw Orchestra. Vou ser simples, eu acho o Haitink o melhor regente da atualidade e dos últimos tempos, e a ele com a Royal é uma perfeita sintonia; sinceramente, prefiro 100x mais a Royal que a Fila de Berlim (apesar da fama), e em segundo lugar a Sinfonica de Viena.

Antes de mais nada, achei um texto, sem querer na net, de uma entrevista com Haitink, e ele tem esse comentário: 


"Sentado no café de um hotel no centro de Salzburg, com vista para o Rio Salzach, Bernard Haitink sorri com a lembrança. "Estive aqui pela primeira vez em 1947, tinha acabado de completar 18 anos. Estava animado para ver de perto um maestro de quem se falava muito, Wilhelm Furtwängler. Eu o vi regendo Fidelio, outras óperas, e... nada. Não provocou impressão nenhuma em mim. Até que durante um concerto, a 8.ª Sinfonia de Bruckner, algo aconteceu e uma eletricidade tomou conta do teatro de maneira muito forte. A apresentação era de manhã e lembro que passei toda a tarde caminhando na margem desse rio, tentando entender o que eu acabara de testemunhar. É algo de que não me esqueço até hoje."


Coincidencia? Acredite, eu esculto muito, mas muito Bruckner. A alma fica com uma fome. É sempre mais profunda. É uma obra incrivel. Talvez como Haitink disse na entrevista, é um milagre. Parece que essa composição de Bruckner cheira a milagre. O que vem muito bem, visto que ele era extremamente religioso. A pouco tempo postei uma versão do Karajan. Há muita diferença entre os dois. Karajan, explora muito o romantismo de amplificar as emoções. E a maioria dos atuais regentes, tentam uma busca louca de sempre querer produzir algo mais intenso, volumoso do que da última vez. Haitink não, ele desenvolve com paciencia, é como se não tentasse forçar a música, mas tenta alcançar e produzir o sumo dela, e bem equilibrado todos os aspectos. É por isso, que sempre que ouço Haitink com a orquestra holandesa, sempre tenho a impressão de perfeição. É tudo muito perfeito! Todos os nipes, todos os instrumentos soam perfeito, um solo. Admiro muito seus musicos, para conseguir produzir tal trabalho. Na entrevista Haitink disse que uma gravadora propos dele gravar as 10 sinfonias de Mahler. E ele disse, que levaria 1 ano para preparar cada uma das sinfonias, e que apenas depois, (10 anos) então faria a gravação. Que orquestra, que grupo musical, vemos hoje ficarem 10 anos estudando umas musicas para então "tocar pra valer" com mérito de gravação? Está ai a virtude de Haitink.

A versão de Karajan, eu diria ser mais intensa, no sentido, que, "se quer sentir emoções mais intensas, é ele." Fora a acustica da catedral ser mais adequada, que deu grande efeito. Já, Haitink, é perfeito. Não é tão intenso, mas você fica mais impressionado com a música em si, com a energia que emana dela. É uma daquelas coisas que produz um efeito mais duradouro. Além disso, tem uma qualidade sonora, de um som mais escuro, profundo, teutonico, realmente surpreendente!

Infelizmente, não há todos os videos no youtube. Mas ainda assim, é IMPERDÍVEL!

1º Movimento




2º Movimento




3º Movimento






4º Movimento




FaCoM 2011

Primeiro rapido ensaio da Fanfarra Clube Omega do Clube de Desbravadores Omega da 5ª Região AP de 2011. Uma trabalho voluntário, sem fins lucrativos com a garotada de 10 - 15 anos. Qual irei dirigir esse ano junto com a ajuda do Elcio e do Renato, vamos tentar fazer uma grande fanfarra, e de qualidade. Já fiz um arranjo da música "Avançai Juvenis", que será a próxima investida, e estou pensando já com algumas idéias de fazer um arranjo grande obra Light Cavalary de Franz Suppé. Espero, com a ajuda de Deus, conseguir fazer um grande trabalho e desenvolver boas bases musicais para esses jovens.

Obs.: Isso ocorreu no domingo pela manhã. Logo haviam muitos moradores de prédios aos arredores assistindo aquilo, não sei se contemplando. Ou com raiva por acordá-los.


Hope Brass - IASD Central São Bernardo do Campo

Apresentação ocorreu no culto pela amanhã na IASD Central de São Bernardo do Campo. Infelizmente, eu ainda de molho, sem poder tocar.

Formação:
Trompetes: Rafael (Canada) e Marcio
Sax Tenor: Elcio Pallone
Sax Alto: Thomas
Trombone: Elton Pallone

Obs: A acústica do lugar é excelente, tipo de catedral.

Breve Jesus Voltará


Lindo És Meu Mestre


Um Milagre Senhor