30 outubro 2011

Jean Sibelius - Sinfonia 2 - Bernstein

Bem, entre os meus favoritos compositores, estão no topo, Bruckner e Sibelius, sem sombras de dúvida. Há muitas coisas que já disse sobre este compositor finlandês, qual compôs o que hoje é o hino nacional desta nação nórdica, fria, gelada, e ao mesmo tempo, de incriveis paisagens. Sua incriveis sinfonias são realmente incriveis, é uma melhor que a outra. Bem, está em especial eu ouvi muito pouco para ter ainda alguma posição , ou encontrar alguma poesia para tentar descrevê-la. Mas vale muito a pena a ver, é grande, nos faz pensar em grandes obras, como a Sinfonia 5 de Beethoven e os primeiros movimentos de sua nona. Coisas grandes como, o organistico finale da 4ª de Bruckner, alias, compare o final destas duas obras (não há uma grande semelhança?). Bem, paro por aqui... para não transcorrer numa longa retórica, um tanto ainda imatura para falar desta obra. Mas pelo menos, ouça o finalzinho, a partir dos 18 minutos, no segundo video... é o final do 4º movimento, olha o Bernstein, o que ele está fazendo? Parece que está regendo? Parece até que esqueceu de reger, parece que está apenas apreciando ouvindo, um enorme prazer, um transbordamento de grandes e incriveis impressões ocorrem em sua mente. Parece até que está simplesmente orando, agradecendo a Deus por aquele momento, por aquele som, aquele momento de algum tipo de 'compartilhamento', algo grandioso, incrivel, que está emanando, grandioso. Sim! É tremendamente belo!!! Ouvi várias vezes esse ultimo pedaço no volume no máximo... ai de meus ouvidos se ousar não suportar o volume, que agora mesmo os forneço. - Calorosos aplausos merecidos!

Comentários de meu grande amigo Vinícius Penegaci: "maravilhoso.. graças a Deus temos ainda o que nos tira o folego neste mundo.."

Movimentos 1 e 2


Movimentos 3 e 4

Schoenberg e Karajan - Noite Transfigurada

Schoenberg, famoso, principalmente pela sua famosa obra "Harmonia"; porém, conheço muito pouco dele. Havia ouvido, na verdade, apenas uma música dele, bem aos moldes de música moderna BASTANTE atonal, amelódica, que apenas explorava ritmos, percusões e timbres novos, o que não me atrai muito. Até que então, meu notável músico, e futuro grande músico como regente, e possívelmente compositor, Paulo Vinícius Penegacci, me presentou com esta incrivel gravação, que nas palavras dele, talvez as melhores para descrever esta música: "two words, Schoenberg and Karajan"

O que posso acrescentar? Bem, está música me fez pensar em muitos adagios romanticos; especialmente da sinfonia 8 de Bruckner, alguma coisa da 5ª e 8ª de Mahler, estranho.. e alguma reminiscencia da famosa serenata noturna de Beethoven. Algo que nos faz sempre lembrar de uma noite, uma noite daquelas sem sono, de pensamentos, dramas, e até mesmo, raios da alvorada (a esperança vem pela manhã).


23 outubro 2011

Hope Brass - IASD Coreana

Hope Brass participando do 47º aniversário da IASD Coreana do Brasil no dia 21 de outubro de 2011. Infelizmente, apenas estas duas músicas arranjadas, pelo Elcio Pallone, foram filmadas.

Instrumentistas

Flugelhorn: Evandro
Sax alto: Felipe, Jeferson e Thomas
Sax soprano: Jeferson
Sax tenor: Elcio
Trompete: Evandro, Marcio e Matheus
Trombone: Lucas
Tuba: Elton


Não Desistir



Um Milagre Senhor

*está cortada

15 outubro 2011

Hope Brass - Oh! Que Esperança

Resultado do primeiro ensaio do Hope Brass do arranjo feito pelo Elcio Pallone do hino 469 do Hinário Adventista, "Oh! Que Esperança".

Trompetes: Evandro, Marcio e Mattheus
Trombone: Lucas
Tuba: Elton
Sax alto: Jeferson, Magal e Thomas
Sax tenor: Elcio


14 outubro 2011

Dmitri Shostakovich - Sinfonia 11 - O Ano de 1905

Não podia deixar de um dia falar desta obra simplesmente extraordinária. O russo Shostakovich, que me faz lembrar muito Tchaikovsky; na verdade, ao ouvi-lo, penso que seria o Tchai no modernismo. Acho que em ambos, se predomina muito a cultura Russa, algum tipo de frieza estética muito peculiar dos compositores siberianos. Bem faço aqui, algumas impressões que tive da sua sinfonia 9.

1º Mov – Palace Square
O inicio, uma ideia sombria, ao mesmo tempo fria, como uma névoa; estamos na Rússia, e ali, estamos vendo as cidades, a cultura Russa, há certa beleza, mas há uma atmosfera sempre presente, pelas harmonias atonais das cordas nos dando claramente a idéia “há algo estranho acontecendo”; algum tipo de ‘conspiração’, algum tipo, de censura, parece que o povo anda calado, há certo medo, há´algo acontecendo. Vai surgindo ideias bélicas, uma marcha (de inicio em pontos distantes, escondidos, ocultos, mais vai se tornando mais presente com o tempo), manifestações (tímpanos)... começa haver reflexões, diálogos entre pessoas sobre isso (duetos das flautas). Trompetes em surdina trazem uma manifestação, é uma voz em meio ao silêncio se manifestando. Tensões vão surgindo e crescendo; um ar mais intenso dessas tensões, intrigas, manifestações, vão sendo exibidas nos diálogos das madeiras. Vai ficando evidente, e chega uma hora que some aquela ‘névoa’ das cordas, agora as coisas já não estão mais tão ocultas. Um senso de liberdade sendo massacrada. O movimento encerra com a clara ideia que as coisas se resolveram de modo ruim; logo, algo muito ruim estaria para acontecer.

2º Mov. – 9 de Janeiro (O Domingo Sangrento)

Os inimigos chegam, a movimentação das tropas, e o conflito, a brava luta, e a forte resistência, extremamente tenso. É sanguinário, impiedoso! Aos 15min. ocorre a abrupta mudança para a calada e o silencio frio, enquanto caem flocos de neves e poeira (trompete com surdina relembra tema do mov. 1), é o fim de uma batalha/conflito, com um alivio, um silencio que torna de repente, em meio a nevoa e a escuridão talvez, mas o clima tenso ainda continua, você olha no horizonte ainda em vigilância, procurando talvez que mais inimigos surjam para atacar repentinamente, ou tentando enxergar algum movimento, pois parecem estarem camuflados pela neve, em meio há uma paisagem cheia de corpos mutilados e fuzilados no chão. É um silêncio angustiante que vai se mantendo até encerrar o movimento. Enquanto se ouve ainda alguns sons ao longe de movimentos militares, tiros e explosões, em meio a uma paisagem já destruída, desfigurada pelo conflito. É um silêncio que fede a tristeza da morte.

3º Mov. – Eternal Memory

O terceiro movimento me intriga muito, dá para saber se é uma continuação do conflito do 2º movimento, ou se é uma lembrança do ocorrido, da revolução em andamento; ou então, uma lembrança, intensa, angustiante, como um pesadelo; ou que então, de repente, a conflito começa novamente. Se percebe claramente a critica do autor, Shostakovit, qual não tem NENHUMA apreciação pela barbaridade, que ocorreu, é quase como se estivesse compondo às lágrimas, o que faz suar como uma grande critica, nos afligindo com uma FRIAZISSIMA introspecção sobre o desumano, a barbaridade, a morte, o oposto da paz, algo qual nunca se reverenciar, mas por qual sempre haverá lágrimas de uma memória triste. Ao mesmo tempo, não nega e consolida a grandeza e importância do evento, que ficará marcada para a História.

4º Mov. –The Toscin

Não sei dizer ao certo. Mas este movimento me parece ser a acessão de um novo poder, a tomada do poder, a revolução se efetivando, de forma bem trágica, dramática. Mas todas as vezes que vejo os estacatissimos dos metais com bumbo, e o som da caixa bem seco, me faz pensar que está acontecendo tiros. Por outro lado, parece ser, é o que me lembra, a coração do Dearth Vader do Star Wars, é isso o que me parece, a imposição, o diminio de uma Ditadura, um poder frio e malvado, do lado negro da sombra; é de congelar o coração do povo, dos cidadãos; congelar é pouco, literalmente, desmaiam; e ninguém mais sabe o que será do futuro, é tudo incerteza, pânico, revolta, um tremendo caos civil e cultural; é tão frio quanto o ateísmo pode ser. É isso, é uma música ateia, friamente ateia, sem nenhum resquício de espiritualidade e virtuosas introspecções que contem algum tipo de senso de belo, pureza, certo. Aqui é o antônimo! Por volta dos 8 min. e pouco.. há uma quebra... abrupta, voltando aquele sinistro silêncio que vemos no inicio do 1º movimento, crescendo agora já com uma característica de releitura, ou recordação do que aconteceu. Por volta dos 11 e meio as madeiras começam a puxar um acintoso ritmo furioso, já sem o caráter bélico, mostrando as rápidas mudanças, a imposição, uma força potente, qual deixa a todos (creio que o eu lírico aqui, ou o herói da história, é ‘o povo’, o a música trata da perspectiva e sentimento do povo), sem nada poder fazer. E então, os metais surgem proclamando e anunciando a “coroação do novo poder”, é tremendo, é uma mão de ferro impiedosa, cheia de terror, e uma imagem austera e poderosa, pois aliás, a Rússia é uma grande nação. É um Dearth Vader que subiu ao trono. E assim a música encerra com esse drama; sem nem mesmo precisar discursar ou provar que é algo terrível, todos tem consciência disso.

Considerações finais
Eu não li nada sobre esta composição, não pesquisei nada antes de ouvi-la e escrever as palavras acima. Apenas depois, eu fui ver o que tinha acontecido no dia 9 de Janeiro de 1905, que eu não lembrava; mas já tinha uma ideia na mente, de alguma coisa a ver com o Socialismo Soviético, ou a Revolução Russa. Foi ai que então, que ao pesquisar, lembrei do "Domingo Sangranto", que mataram vários manifestantes. Bem, o último movimento me deixou muito intrigado, pois eu não consigo ver uma idéia de favor, da parte de Shostakovich para o que aconteceu, ou para a Revolução, ou para os seus resultados; eu apenas vejo uma grande e intensa crítica. Mas no final, fiquei em grande dúvida, não sei se é uma critica ao Estado, ao Governo, ou ao Povo, ou aos Revolucionários; ou a todos. Não consegui deduzir isto. Por outro lado, apesar de ser uma obra musical incrível, extraordinária, eu não consigo ver muita 'poesia', uma música que tem um caráter transcendente, não vejo uma ambição artística; apenas algo mais voltado para o Realismo, no sentido, de fazer uma música, como um 'filme', está apenas contando a História.

Bem, mas acho que teria que estudar melhor a obra, e o autor (que conheço muito pouco), para poder dar mais detalhes, e ser mais preciso. Todavia, recomendo muito a audição dessa obra, com muita atenção e muito volume para observar os detalhes; é uma obra titãnica, em todos os aspectos técnicos e orquestral que se pode imaginar.

08 outubro 2011

Adagio da 9ª Sinfonia de Beethoven

Nona Sinfonia de Beethoven, por muitos, o maior presente que a humanidade já recebeu; sua beleza, energia,  alegria, a mensagem tão clara do Ode a Alegria do quarto movimento; a quebra das vaidades, o chamado a simplicidade bucólica dos primeiros movimentos... Mas, ao meu ver, a parte mais extraordinária desta, considerada a maior obra de todos os tempos, a sinfonia da despedida de Beethoven, é o 3º Movimento.

Vamos supor que já tenha escultado umas 50 vezes está sinfonia, então diria que já ouvi pelo menos umas 300, apenas o terceiro movimento. Como o descrevo? Celestial! Divino! A essencia do movimento, o que ele traz e promove é um 'sentimento divino'. É extremamente intrigante! É uma oração, de modo qual, em que ela é pensada e expressa musicalmente, sonoricamente (sem palavras humanas - estas só entram no 4º movimento); e ao mesmo tempo, os graves e trompas, principalmente, descrevem algo como se fosse a parte física, a mecânica, a interação da oração entre Deus e o Homem. Pois, de certo modo, o que prevalece quando se ora, é que nada está acontecendo, além de você falando, pensando; já na música, é como se um novo sentido surgisse que nos capacita a ver "esse vuoooommm" com trêmulos das cordas respondidos pelas flautas e oboés em uníssono; e assim, vemos que quando oramos há algo extremamente magnifico acontecendo ao nosso derredor, somos tomados por uma 'atmosfera celestial'; aos poucos vamos sendo transladados, chegando então ao clímax, ao trono de Deus, clarinado pelos trompetes e trombones. Então somos tomados por uma grande paz, uma certa ironia às tantas vaidades descritas [aterrorizadas] nos movimentos anteriores, e então tomados por um grande sentimento de segurança e gratidão, e uma calma e paz, que vai nos confortando, até o ponto que vamos encerrando nossa oração, 'voltando a Terra' e abrindo os nossos olhos para finalmente 'respirar'.

Experimente uma noite (de preferencia sexta), ao ir dormir, deite em sua cama, apague as luzes, se conforte, deite olhando para o teto. E dê o play nesta música. Feche os olhos, cuidado para não dormir, e então, medite, e deixe ser levado pela música, reparando nos mínimos detalhes de cada madeira, de cada corda arranhada, de cada dinâmica. É incrivel, e eu já fiz e faço isto muitas vezes.

Está é uma versão de Karajan com a Fila de Berlim em 1977. Já ouvi diversas gravações, outras duas boas versões são a de Fricsay (1958), a de Furtwangler e a de Harnoncourt. Mas um amigo muito apreciador de música numa comunidade no Orkut, uma vez falou que eu precisava ouvir essa versão, e teve o trabalho de me enviar o audio em som wav (sem perca de qualidade), pela Internet, há muitos anos atrás, quando não se tinha conexões tão rápidas, o arquivo tem 170mb (apenas este movimento); e de fato, está é a melhor de todas, pelo menos, no que se diz respeito a este movimento; é uma versão divinamente conduzido, parece que não era Karajan regendo os músicos de Berlim, mas o próprio Cristo regendo seus anjos. Por incrível que pareça, fui procurá-la ontem no youtube, e achei logo de cara esta, esta que parece muito a versão que tenho gravada, mas no audio no pc está melhor, mostrando evidentemente a perca de qualidade na conversão do audio. 

Boa apreciação.


01 outubro 2011

Symphony of Praise (Sinfonia do Louvor)

Essa música, aqui no Brasil, ficou muito famosa pela divulgação e gravação que o antigo coral do IAE ou IASP, não me recordo, fez.. que pode ser visto nesse link:

http://www.4shared.com/audio/mYL4DBT2/Sinfonia_do_Louvor.html

Bem, está aqui sua versão mais original, em inglês, para a qual, convenhamos, a articulação das palavras no idioma inglês cai muito bem. Seguindo a minha tese, que o idioma portugues é um idioma complicado para se conseguir fazer certos estilos de música vocal. Achei muito por acaso este vídeo no youtube, nem sei o que estava procurando que acabei me deparando com ele; bem, olha, até que gostei da orquestra, ficou um pouco a estilo uma cantata de Haendel. E o brilho que sai, flamejando em asas de fogo da regente, uou... nos dá o desejo de juntar as nossas vozes, num alto som, como Davi, e fazer todos os vizinhos ouvirem o que temos a dizer da glória de Deus. O segundo video é um segundo, que achei a acústica do coral melhor; mas todo, nem tanto, um melhor som, mas ficou faltando 'aquele espirito', muita mecânica, mas faltou vida, faltou poesia.